terça-feira, 13 de abril de 2010

As vezes me sinto como a nevoa

Um nevoeiro intenso tomou conta da manhã...
Invadiram as águas, os montes, os campos,
todos os cantos, na minha visão...
Por onde olhasse lá estava uma espessa camada de névoa suave.
As águas corriam mansas, e delas evaporava emergindo.
Ao olhar-me parecia quente
e ao tentar toca-las sentia diluir-se no ar frio...
Depois mais fundo calor vindo das águas morna...
De passo a passo tive a impressão de estar andando nas nuvens,
às vezes me sinto como a névoa,
ao mesmo tempo em que invade todos os espaços,
é frágil a qualquer mudança, desaparece sem avisar,
caminham em direção do nada,
se esvaem em gotas tão ínfimas que não é capaz de alterar
nem ao menos a umidade do solo.
Sem emoção, sem nada para diferenciar os dias um do outro.
Sinto que preciso experimentar, explorar, encontrar-me.
Andei tanto sem rumo, que agora me perco,
a vida ficou sem graça, sem emoção.
Encontro-me andando em circulo, rodo e não chego a lugar algum,
sem motivação. Sinto que não vivo mais, estou a passar pela vida,
apesar da insatisfação que toma conta do meu espírito,
não suportava mais a dor das grandes oscilações,
agora precisa achar o equilibro,
preciso me livrar dos vícios que me alimenta.
O caminho que procuro somente eu devo encontrar,
em um ponto qualquer, em um lugar qualquer,
lá sei que ele esta. Preciso mi libertar
Matar essa sede absurda e louca que me seca a boca
mas você corre em minhas veias,...
Faz minha mente ressoar em loucura...
Tento encontrar a alívio na paz e no silêncio desse momento,
dessa manhã tão linda, meus pensamentos dilatam-se,...
Silêncio, estranho som que incomoda, apenas porque liberta a verdade. ...
A liberdade de sair assim de braços aberto, sem rumo,
sentindo na pele o frio da manhã, a névoa se esvaído,
É como libertar de emoções, sentimentos.
Respirar por um momento... Sem ser preciso pedir.
Querer... Apenas ir em direção do nada.

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