sexta-feira, 19 de março de 2010

Deferente era o nosso mundo...



Queria apenas viver, dia após dia, viver de sentir,
de se entregar, de pisar a minha terra revolvendo-me os sentidos
e apoderando-se da minha fragilidade mental.
não vê o tempo passar...
Não vê tudo sendo levado de dentro de nos...
Tudo mudando de lugar...
Desencontro, revoltas, duvidas.
Era como se um reino de encantar se equilibrasse
e construísse sobre pilares sarcásticos
e débeis acompanhados por uma voz desumana.
Era como se simplesmente carne e espírito
fossem automaticamente separados, indo de encontro
a um redemoinho, sendo dispersos no tempo...
Os nossos sonhos, totalmente roubado, violado.
Calma, harmonia, reorganização.
Re-posição, ajuste, a uma nova vida...
Olhava para te... Já não sabia o que eu via...
Naquele instante lentamente caminhava para mim,
debruçava-se sobre mim,
sorria-me como que troçava da minha ignorância.
Da minha falta de senso, da minha perda.
Onde tudo foi... Que foi feito de nossos sonhos...
Nossas vontades... Desejos ilimitados...
Continuação de momentos,
continuação de um emaranhado de raivas
e incompreensões, de injustiças diárias
com as quais tinha de lidar obrigatoriamente,
necessariamente, impotentemente.
Que me incendiaram a carne, a tolerância,
que desafiaram os limites.
Confronto. Tempo. Que me fugiu.
Que operou entusiasticamente uma derivada parcial no meu peito,
que me simultaneamente agrediu. Perda. De sentidos, de noções.
Olho para te e já não o reconheço mais, nem a mim mesma...
Estamos sendo sugados por esse sentimento de revolta, desilusão...
Saber esperar, saber ser dentro desse mundo já impregnado.
De um sensaboroso acordar.
Acordar para mais um círculo vicioso
de contar os dias e as horas para finalmente partir,
deslizar sobre o espaço que foi suspenso... Por mim... Por nos.
O que esta sendo feito do amor... Ele não morreu...
O sinto dentro de mim... O sinto dentro de te...
Mesmo nos piores momentos sinto seu amor por mim.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Olhando dentro do seu olhar

Caminhando, você me falava do quanto eu era diferente...
Rara talvez...Rindo parei... Chamei você;
"Vem aqui? Você chegou bem perto. Mais perto,
até quase encostar teu corpo no meu.
Pude sentir sua respiração em minha boca.
De repente você se recua. Sinto...
Sinto o medo em teu olhar, medo de se entregar.
Inesperadamente você da um passo em frente.
Puxa-me. Beijando-me, diz-me
num murmúrio; "Você é estranha. Quero te amar assim.
No momento não pode compreender bem. Sempre tentei
ver o meu próprio eu. Fiz um analise de mim mesma.
Cansada incompreendida, nunca soube mi ver. Quem eu sou?
Quem? Olhando dentro de seu olhar.
Vê minha alma refletida em ti.
Segurei em tuas mãos. O começo de um longo passo. E nesses
passos ouvi tantos desencontros. Tropeços. Junto seguimos.
Amando-nos. Vencendo. Perdendo. Levantando...
Mas hoje depois de tanto tempo Olho dentro do teu olhar.
Já não vejo mais meu reflexo. Sinto morrendo em ti.
Ou você morrendo em mim. Sei lá. O sofrimento destrói.,
O sofrimento a rotina transformou-me. Retirou-me de sua vida,
apagou o amor do teu ser. E hoje o que sou?
O que sou para ti? O que sou??
Uma sombra. Uma alma solitária vagando sem rumo.


"A maior perda da vida é o que morre dentro de nos enquanto vivemos.
Seja forte, não como o vento que a tudo destrói,
mas como a rocha que a tudo suporta..."

Será que é esse o meu permanente futuro?

Mais uma vez perdi, fugi sem me dar conta,
não tive simplesmente vontade para reflectir.
Fui sugada, completamente aprisionada
em pequenos momentos, pequenas instantes,
Onde tudo parecia errado, porem onde eu própria cedia.
E nesta nova etapa mergulhei. Profundamente.
Como foi possível pensá-lo, reflecti-lo, não, vivê-lo. Sabes?
Era apenas. Era o momento. Da minha vontade?
Talvez o erro seja sempre o mesmo, seja sempre meu,
talvez haja uma culpa e seja minha.
Talvez sempre a atração pelo errado
e a prepotência que tudo tem que ser como eu quero.
Que tudo tem que ser quando eu quero.
Mesmo que seja evidente a dissonância entre exterior e interior.
Eu. Mas porque não pode ser perfeita ao meu jeito?
Porque o tempo não pode dar o seu tempo?
Afinal não pode. Não comigo.
Porque qualquer momento tem de correr mal,
porque qualquer vertigem tem de ser colocada de parte.
Porque qualquer pendir leve da cabeça para trás
é interpretado da forma errada.
Será que eu sou esse nada?
Será que é esse o meu permanente futuro?
Estou cansada de momentos destruídos,
de um momento que não se mantém porque na realidade nunca existiu.
Talvez o problema não seja meu... Nunca foi facil transformar uma sonho em realidadePorém queria acreditar que sim...
Queria transformar nossos sonhos em realidade...
Viver esse amor eterno... Sem fronteiras,
Sem medo de perder...
Porque te amo AMOR.

terça-feira, 9 de março de 2010


"As palavras raramente conseguem expressar o que o coração sente,
mas vale calar-se do que dizer algo incompleto
por isso te ofereço todo o meu silencio
e nele estará contido tudo o que certamente compreenderá."


sexta-feira, 5 de março de 2010

O que quero é ser feliz

Um repentino vácuo sentido através da luz do sol
Luz essa que ainda me aquece quando o frio impera.
Neste momento cedi a uma tentação agradável
na qual acredito que me trará algo,
coisas que dependem intrinsecamente de mim.
Mudanças...É no inicio não sabia bem o que sentia...
Hoje concluo que tive fases deveras deprimentes,
a querer se atirar de um precipício abaixo,
fases de alguma “discussão psicológica",
fases sem saber o que fazer como resolver,
sem saber como prosseguir,
fases de mi sentir um nada!!! E tempo infindos,
tempos de reprimir tempo de residir, sem direncção.
Obscurecido, sim! difuso! Completamente sem cor!
Bem sei que essas cores ainda mi confunde mais na minha visão.
Tenta mudar, por mim mesma,
da-me imensa mobilidade para as cores que eu gosto tanto,
Sei! Continuar! Ate porque preciso chegar às cores certa,
Nada sem luz! Ai ser meio contraditório!
Quero tudo colorido, vibrante,
remover o escuro, o frio,os tormentos.
Quero luz, claridade, um mundo vivo.
O meu mundo que sempre procuro...
E hoje sei que tenho eu mesma de construir,
e não ficar nessa espera infinita por seres que não tem vida...
Rebeldia repentina. Já não ouço mais seus gritos,
não, nada mais.. Sinto mi segura,
sentimentos que sempre procurei nome,
mas não encontrei definição certa.
Tudo que espero é um novo dia,
o sol brilhar mais que nunca,
a vida pedir licença para entrar,
mudar a pagina mais do que cores! Serio!
Momentos mais do que especiais, únicos e vivos...
trevas, dor, perturbação, metamorfose,
confusão, decisão, saudade tudo terá sido passado...
Acordar, turbilhão, paixão, entrega, rir, gritar, beber,
entrar, não recear, concretizar, ser mais que feliz...
a porta de repente abriu. se para mim...
"O que eu quero é só ser feliz".

terça-feira, 2 de março de 2010

Saudade


Os dias passam monótono, triste.
Eu sem nem uma opção de vida.
Cada dia sinto mais triste do que o dia anterior,
sempre mais triste,
a saudade cada vez maior
parece que ainda estou a viver um pesadelo
que a pouco e pouco vou acordando,
mas um acordar deprimente, que dói,
um acordar que eu queria que fosse diferente,
que voltasse tudo ao normal, que tudo fosse uma mentira,
que fosse mesmo um sonho mau de verdade,
queria que fosse efêmero,
mas sei que não é.
E hoje sendo um dia especial para mim,
tudo que eu fez foi lembrar...
Sentir saudade. Tanta saudade mamãe.
Todos podem lembrar-se de mim.
Mas não é a mesmo de que vc.
Chegava de mansinho
com aquele sorriso nos lábios, transmitindo tanto amor...
Mais uma vez me senti indefesa sem te.
Sinto como se a felicidade fugisse de mim
sem deixar rastro, só lembranças...
Como se o vento passasse por mim levando tudo de bom...
Restando só a dor da saudade

segunda-feira, 1 de março de 2010

Transitórios são todos os sonhos imaginarios.



Varias cores entrecruzavam-se diante de mim,
eclodia em minha disforme imaginação.
A iluminosidade no céu da minha impecabilidade.
Irrepreensível diante de minhas Imunidades.
Corro livre de braços aberto em nostalgia.
Dando uma reviravolta saio de mim, transporto-me.
Com meus olhos imaginario as cores imavadem ruas, avenidas,
enchei-se de luz pontes, rios, canais, lojinhas, flores, campos.
Havia um encanto peculiar em cada esquina e em cada moradia.
Uma contextura que reflectia na perfeição todo o universo latente,
uma originalidade que fervia à flor da pele,
Eram luzes, cheiros, sabores e toques.
Toques em algoritmos não evidentes que nos levaram por um escuro,
porém brilhante túnel posicionado ao longo da minha curiosidade.
Deslumbrada, respiro as corres muito prometedoras.
E sorrateiramente absorvi momentos,
identifiquei uma mudança súbita que agora mexia comigo,
me desafiava, colmatava os espaços deixados em branco,
vazios, por ocupar, deixava-me à merce de uma reviravolta
que clamava por uma osmose rápida.
Sem tempo nem lugar para escolhas nem perguntas.
E agora nada mais fazia confusão.
Agora tudo se misturava em lugares ílícitos,
em fontes que jorravam uma água divina
enebriada por uma luz vermelha gritante, premente.
Que apenas lá se localizava,
deixando espaço a todas as questões existenciais
mais evidentes que podiam existir.
Onde tudo tinha lugar.