terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A uma forma de suportar ficar sem te?


Despertada por um estremecer ensurdecedor,
ouço os estrondos. O vento rugi,
batendo de encontro à vidraça já molhada,
umedecida, sem cor.
Escorrendo vejo gotículas de água tomar formas,
desmancharem-se virando possas indo em direção as valas,
desaparecem em rumo ao seu destino próprio.
Enquanto a chuva cai lá fora, o céu recobre-se de nuvens cinzentas
ocultando o sol, aquele que me anobrece a alma.
Ao que consta tem chovido ininterruptamente há dias, noites.
É a magia da vida. Nesta magia sinto-me retroceder no espaço
em volta a momentos interrompidos,
emudecidos no silêncio. Sem o que falar,
sinto no rosto escorrer como gotículas de chuva as lagrima.
Elas se perdem molhando meus lábios trêmulos,
ressequidos em gestos perdidos movendo um "Não”.
O não rompeo silêncio...
Como que num ultimo fôlego, grito na noite a vontade,
a libertação, tentando na ância extirpar tudo
que ainda resta dentro de mim... Sentimento esmagado,
pela revolta, desejos asfixiados sem ter como efectuar-se.
A alma geme, grita, chora no silencio mudo. Sem motivação,
somente a existência da imperturbabilidade.
O que temos é mais que corpóreo...
É um sonho irreal, espiritual,
amor capaz de romper barreiras eternas...
Curar as feridas mais profundas da alma. Nosso amor é eternidade...
desmedido... Não tem fim... Nem como silenciar a dor.
Os desejos sentidos... A uma forma de suportar ficar sem te?
Quero-te aqui... quero-te em mim... É permanecera assim
aqui dentro em quanto vida existir no meu ser...
Se sou eternidade vivera em mim constantemente "o amor"...
Eternamente.

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