quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Minha realidade!...


Eu sempre fugia de mim mesma...
Fugia da realidade...
Fugia tentando me encontrar...
Encontrar um mundo do qual
eu não sentisse aquela dor tão forte, aguda!...
Sim uma dor tão forte como uma faca de dois gumes
a penetrar-me, até a divisão de alma...
Removendo devagarzinho...
Retirando toda paz e felicidade...
Tento fugir!...
Vejo cenas indo e vindo na minha mente...
O borbulhar de ar sendo consumido pelas águas...
Águas que ao mesmo tempo que da vida,
elas  tiram vidas...
E por segundo nada mais existia...
Risos foi se perdendo no tempo...
Junto as noites vazias de solidão...
Todos estes acontecimentos tiveram lugar
e tempo numa etapa anterior,
essa que não me foi possível exteriorizar
e por tal vêm impregnados de memórias difusas.
Assim podem surgir meio adulterados,
contudo somente efeitos do tempo,
tempo esse que não perdoa.
Mas perdoem-me,
vc que fez parte da minha vida,
perdoa-me por mais uma interrupção.
Às vezes viver implica estagnar.
Em certos campos. Implica apreender.
Para depois expulsar .
Entrei na ilusão de uma disponibilidade perdida.
Inexistente mas antes de tudo renegada.
Adiada, ultrapassada.
Numa excitante mas enclausuraste displicência.
Onde aguardei e assinei mil promessas feita
de paz e recompensa.
Interior antes de tudo exterior.
Idiossincrática mas possível.
E afinal o que é possível?
Dor, muita dor... Vertigem.
Da minha insanidade. Loucura?
Reneguei-a. Verdade?
Não tive culpa nem acção.
Foi assim... calmamente, levemente.
Se senti? Sim, aos poucos fui sentindo.
Mas nunca acreditei.
Por vezes é necessário que encaremos da
forma oposta para tudo se desenvolver da forma certa.
Certa? Desejável, merecível.
....
"As saudades são a expressões do Amor 
“E o Amor não contempla intervalos”.

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